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quinta-feira, junho 29, 2006

Chegou a altura de cuidar de nós próprios

Na comunidade negra fala-se sempre sobre como as pessoas brancas nos deseducaram de modo a manterem-nos num esclavagismo mental. Mas até que ponto nos responsabilizamos por nós?
A nível nacional, só 68% de todos os estudantes do ensino secundário o completam (…). Entre os alunos brancos a taxa é de 75% e para os negros, latinos e nativos americanos a taxa é de 50%. As taxas são ainda mais baixas se isolarmos os elementos do sexo masculino destes três grupos – as taxas são de 48%, 47% e 43%, respectivamente.
Porque são estes números tão baixos? O problema não é a lei Nenhuma Criança Deixada Para Trás de Bush. O problema nos E.U.A. somos “nós.”
Podemos rastrear o problema até finais dos anos 60, primórdios dos anos 70, quando as mulheres negras caíram na agenda feminista que lhes revelou que “Se sabe bem, façam-no; não, vocês não precisam de um homem; a vossa carreira é mais importante que ficar em casa e ser mãe.” Agora, essas mulheres tiveram crianças que estão a ter crianças, e cada geração sucessiva de crianças está cada vez menos capaz de funcionar na nossa sociedade.
Têm um filho e num prazo de 3 meses começam a enviá-lo para amas de modo a que possam voltar para o trabalho. Trabalham tantas horas que ficam sem tempo para se envolverem na educação das suas crianças. Poucas têm pouco, se algum, contacto com a escola dos seus filhos ou com as pessoas que lá trabalham.
Não existe nenhum direito inerente e constitucionalmente protegido que permita a uma mulher ter um filho. É uma opção! E se optarem por ter um filho, primeiro devem casar-se. Depois, após o casamento, a mulher e o seu marido devem obter a estabilidade monetária de modo a conseguirem ter e educar uma criança – significando isto que um dos pais deve estar disposto a ficar em casa com a criança durante os primeiros anos de vida da criança. Este acto simples, por si só, seria um grande avanço no que diz respeito a resolver a crise do abandono escolar no seio da nossa comunidade.
Tenho consciência de que o meu ponto de vista é controverso, mas não podem culpar as pessoas brancas pela vossa decisão de terem um bebé que não conseguem sustentar ou por serem maus pais. Os filhos, no contesto do casamento, incentivam os pais a serem mais responsáveis, criam estabilidade na vida das crianças e provaram ser uma influência positiva nos desenvolvimentos mental e intelectual das crianças. Sim, existem pais solteiros de sucesso, mas não estou a referir-me à excepção – estou a falar da norma.
A paternidade não é o mesmo que uma galinha ter ovos. É como um porco que dá presunto – é um compromisso total! Demasiados pais acham que ter um filho é um buraco, uma travagem, na estrada da vida – têm um filho, mandam-no para a ama de dia, e continuam com a “sua” vida. Quando decidirem ter uma criança, a vossa vida PÁRA!! Toda a vossa atenção deve ser dirigida para a criança. Isto inclui ir às actividades escolares, conhecer os professores e o director da escola, ir à escola buscar as notas. Notem que nada disto tem a ver com dar mais dinheiro às escolas, com o programa Nenhuma Criança Deixada Para Trás de Bush ou com racismo.
Isto tem tudo a ver com o envolvimento dos pais. Todo o dinheiro disponível, edifícios melhores e os melhores currículos nada significam sem o envolvimento dos pais na vida dos seus filhos.
Agora, há um papel definitivamente legítimo para o governo no que diz respeito à educação, mas coloco a ênfase maior nos pais. O governo pode fazer tudo correctamente, mas se não for apoiado nem agraciado em casa não passa dum desperdício e isso é um problema paternal e não um problema governamental. Pensar de outro modo prova a deseducação dos pais actuais.
Raynard Jackson
Retirado do Black Conservative.