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domingo, agosto 06, 2006

Fidel na incubadora


Todos se lembram do discurso de Santana Lopes, sobre a incubadora. O governo, coitado, nascera fraquinho e torto, mas todos – a começar pelos presumíveis aliados, amigos e correlegionários – faziam esforços para o amachucar ainda mais, agitando e pontapeando o berço oxigenado.

Recordei a parábola, ao ouvir uma tirada recente de Fidel Castro, explicando que a revolução só podia ser destruída por dentro, e se os cubanos o quisessem.

Com a sua saúde feita (ironicamente) “segredo de Estado”, e o timoneiro suplente (ainda) ausente, pode o companheiro-em-chefe ver a obra das massas desmontada pelas mesmas?

O bombardeamento da exilada rádio e TV Marti, usando velhas tácticas soviéticas e cubanas de agitação e propaganda, sugere que sim. Um líder externo apela ao “patriotismo das forças armadas”, a irmã inimiga de Fidel sugere que o regime chegou ao fim, e Condoleezza Rice oferece um ramo de oliveira a uma “transição pacífica”. Será desta? Duvido.

Nuno Rogeiro

Retirado do Correio da Manhã, 06 de Agosto de 2006.