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sábado, julho 08, 2006

Bento XVI apela à defesa da família tradicional durante visita a Valência


O Papa Bento XVI exortou hoje os espanhóis a defenderem a família tradicional, no primeiro dia da sua visita ao país, que recentemente legalizou o casamento entre homossexuais.

Falando aos peregrinos que se deslocaram a Valência para V Encontro Mundial da Família, o líder da Igreja Católica afirmou que o agregado familiar baseado no casamento heterossexual “é a única instituição que respeita os planos de Deus”.

O Papa foi recebido por milhares de católicos na terceira maior cidade de Espanha, em contraste com o primeiro-ministro, José Luís Zapatero, promotor da lei que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que foi assobiado à entrada para uma curta audiência com Bento XVI.

“Há algumas coisas a que os cristãos devem dizer ‘não’”, afirmou o Papa aos jornalistas que o acompanham na deslocação a Valência. “Queremos que as pessoas percebam que, de acordo com a natureza humana, o homem e a mulher foram feitos um para o outro e a sua união existe para dar futuro à humanidade”, acrescentou.

Bento XVI aproveitou também o seu primeiro dia em Valência para prestar homenagem à tradição cristã de Espanha, promotora do catolicismo durante séculos, e instou os bispos a manifestarem-se com firmeza “num tempo de acelerada secularização”.

Depois à chegada ter prestado tributo às 42 vítimas do descarrilamento no metropolitano da cidade, na passada segunda-feira, o Papa encontrou-se com a família real e vai reunir-se ao final da tarde com as dezenas de milhares de peregrinos que acorreram a Valência nos últimos dias. Amanhã irá presidir à missa dominical que encerra o encontro, numa cerimónia a que não assistirá o primeiro-ministro, ao contrário do que é habitual nos países católicos.

O porta-voz do Vaticano revelou aos jornalistas que existe “alguma irritação” na comitiva de Bento XVI pela ausência de Zapatero na missa de amanhã, afirmando que até Fidel Castro, em Cuba, ou o antigo ditador da Nicarágua Daniel Ortega tiveram um comportamento diferente quando o papa João Paulo II visitou os seus países.

Retirado do Público, 08 de Julho de 2006